Blog Mariland

Quais são as causas da discopatia degenerativa?

A discopatia degenerativa trata-se de uma condição progressiva que afeta os discos intervertebrais de todas as pessoas. Trata-se do envelhecimento da coluna. Mas isso não quer dizer que todos terão dor ou problemas de coluna devido a isso.

Mesmo que, em grande parte dos casos, apresentem sintomas na região lombar, esta condição também pode afetar diferentes partes da coluna e causar dor, rigidez, formigamento e até dificultar o movimentos das costas.

O fator de risco mais comum que pode precipitar a cascata degenerativa na coluna ou até mesmo evoluir mais depressa, é o fator genético. No entanto, alguns fatores externos podem interferir negativamente neste envelhecimento, como o tabagismo, por exemplo. Alguns hábitos também podem exacerbar crises de dor, como por exemplo permanecer longos períodos sentado, rotação de tronco e esforços inadequados com carga.

Além dos incômodos inerentes à condição em si, a discopatia também é capaz de afetar a relação entre os componentes da coluna e potencializar o desenvolvimento de outros quadros clínicos, como artrose na coluna, hérnias de disco e bicos-de-papagaio.

Quais são as principais causas da discopatia degenerativa?

A discopatia degenerativa geralmente é associada com o envelhecimento. É bastante comum que pessoas com idade superior a 40 anos apresentem alguns sinais de desgaste nos discos intervertebrais, uma vez que, com o passar do tempo, tais estruturas tendem a desidratar e sofrer alterações conformacionais. O motivo pelo qual a idade torna-se um fator determinante está relacionado com a função que os discos desempenham no que se refere à estabilidade da coluna. Essas pequenas estruturas gelatinosas estão localizadas entre cada par de vértebras e atuam como amortecedores. São eles os responsáveis por absorver os impactos sofridos ao caminhar, rotacionar ou movimentar as costas e garantem o mínimo de atrito entre os ossos e outros componentes. O peso do corpo, a tensão e os movimentos realizados no dia a dia podem fazer com que os discos intervertebrais fiquem achatados e desidratados, fator este que caracteriza a discopatia.

A perda de líquido e volume diminui a capacidade de amortecimento dessas estruturas, além de causar um desequilíbrio na relação entre os componentes da coluna, atrapalhando a movimentação e causando dores e incômodos diversos.

Além do envelhecimento, existem ainda outros fatores que podem acelerar o processo de degeneração dos discos. Entre eles, destacam-se a obesidade, má postura, o tabagismo, a prática de atividades físicas não supervisionadas e a ocorrência de lesões e pancadas. 

Uma vez que se trata de uma condição progressiva, é de extrema importância identificar o quanto antes os sintomas para dar início ao tratamento adequado juntamente com um especialista em coluna.

Quais são os sintomas da discopatia na coluna?

A discopatia degenerativa pode surgir de forma silenciosa, ou seja, sem apresentar nenhum sintoma. Por isso, é comum que os pacientes busquem ajuda apenas quando o quadro da doença já se agravou. 

Entre os pacientes sintomáticos, a dor na região lombar e na nuca figura como um dos principais sinais. Em alguns casos, esse incômodo pode afetar outras partes do corpo como braços, pernas e nádegas, além de vir acompanhado por dormência, formigamento ou perda de sensibilidade.

A maneira com que os sintomas se apresentam para cada paciente varia bastante: podem persistir por semanas e até meses ou sumir em poucos dias e retornar de forma esporádica. Geralmente, os incômodos costumam aparecer com mais intensidade no final do dia e podem melhorar ao deitar, caminhar ou mudar de posição.

A discopatia degenerativa também pode causar fraqueza e rigidez na coluna, alterando e reduzindo a capacidade motora do paciente e, consequentemente, prejudicando o seu desempenho diário.

Como é feito o diagnóstico?

Para que seja possível obter um diagnóstico preciso, é importante consultar um médico especialista em coluna. Inicialmente, o estado clínico do paciente, assim como o seu histórico, serão avaliados, visando identificar a ocorrência de sintomas e fatores de risco. Neste momento é realizada a peça fundamental do diagnóstico, que é o EXAME FÍSICO, no qual pode-se fazer o diagnóstico de complicações da discopatia degenerativa.

Exames de imagem como ressonância magnética, raio-X ou tomografia computadorizada também podem ser importantes para esclarecer as particularidades do caso e determinar o tratamento adequado.

Tratamento para discopatia degenerativa

Os tratamentos para discopatia degenerativa geralmente têm o objetivo de amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Medicamentos e exercícios de fortalecimento muscular também são importantes aliados no que se refere à melhora dos incômodos e recuperação da funcionalidade motora das regiões afetadas, no entanto, vale ressaltar que tais medidas não são capazes de restaurar os discos (não se busca cessar o envelhecimento, mas conviver bem com ele).

Antiinflamatórios, analgésicos e medidas não medicamentosas, como fisioterapia para correção da postura e sessões de alongamento também são indicados com frequência.

As crises de dor podem ser evitadas ao adotar hábitos posturais mais saudáveis: 

  • Manter a coluna sempre ereta, especialmente ao permanecer em uma mesma posição por um longo período de tempo ou ao carregar peso, evita que as estruturas fiquem posicionadas de maneira incorreta e contribui para a redução da tensão sobre os discos.

  • Dedicar alguns minutos do dia para fazer um alongamento também é importante, uma vez que prepara a região das costas para os impactos do cotidiano e reduz as chances de lesões.

  • Além disso, a prática regular de atividade física orientada por profissionais ajuda no fortalecimento dos músculos da coluna e confere mais suporte para o tronco. Este é o principal fator protetor de crises. Portanto, pratique atividade física regularmente!

Se você pratica alguma atividade que pode sobrecarregar a coluna ou apresenta algum dos sintomas que foram citados neste artigo, não deixe de consultar um médico especialista em coluna para acompanhar, prevenir e tratar possíveis condições. 

 

Tags:condiçãodiscos intervertebraiscascata degenerativa na colunaartrose na colunahérnias de disco e bicos-de-papagaio.

Confira outros posts